quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Vazio... Silêncio .


Silêncio.
Um longo suspiro ecoa pelo quarto escuro. Depois... Nada.
Agora, soluços irregulares acabam com a quietude sombria. Aproximo-me da janela observando a chuva cair. Há três dias não o vejo. Desde aquela linda noite estrelada, nunca mais senti seu toque, seu perfume... Seu amor.
Meus olhos o buscam pelas ruas até a linha do horizonte, tento vê-lo... Mas é em vão. Sei que ele pertence à noite, mas por que não aparece? Por que não me tira logo desse estado aflitivo em que me prendi? Sinto-me sufocada com meu próprio choro. Já não aguento mais esse claustro ao qual fui trancafiada.
Disseste que me levaria a um lugar belo, um lugar só nosso, onde apenas a Lua e as estrelas poderiam ser testemunhas de nosso amor.
E eu estou a te esperar...
Não sei se suportarei, pois parece que o vazio tomou conta da minha vida... Só você pode preencher essas lacunas do meu coração... Mas ao menos estás aqui para que eu possa lhe dizer isso.
Tais pensamentos afligem-me de um modo, que só consigo olhar para o céu na esperança de que a chuva cesse e alguma estrela apareça, para que ao menos assim, possa lembrar o brilho de seus olhos... Sem chorar.


Um comentário: